Cantado pelos sambistas, cultuado pelos gaúchos e apreciado pelos brasileiros. Com exceção dos vegetarianos, o churrasco é sempre 'uma boa pedida' para o fim-de-semana. Seja na lage, seja no restaurante, ele sucesso, independente do lugar em que é feito ou da classe social que o consome. Esta paixão nacional, agora, é ensinada pelo pelo mestre churrasqueiro Jefferson Oliveira.
Ele conta que, para se ter um bom churrasco é preciso
escolher os produtos. "É fundamental escolher bem o carvão - tem que ser
de eucalipto -, ter sempre em mãos uma pedra para amolar, faca e tábuas -uma
para a carne crua e outra para a assada. Para acender o fogo, deve-se tomar
cuidado com o álcool que, em contado com o ar, entra, facilmente, em
combustão", comenta.
Jefferson alerta ainda que, na horas de fazer o churrasco, a
pessoa nunca deve salgar toda a carne. "A gente coloca o sal na carne,
apenas, na hora de colocá-la no fogo. Porque, no final, você terá um churrasco
muito salgado. Também é necessário ter muita higiene: as mãos devem ser lavadas
antes do preparo dos alimentos e, novamente, após as interrupções. Não se deve
falar, cantar ou tossir sobre a comida. Se possível, evite os utensílios de
madeira", ressalta.
Picanha
De acordo com o mestre churrasqueiro, a picanha é um corte
tradicional brasileiro. O formato é triangular e é caracterizada pela capa de
gordura que a cobre por inteiro. Segundo Jefferson, esta gordurinha -que para
muitos é um pecado - não deve ser retirada, pois, altera o sabor da carne.
"O peso da picanha varia de 1 a 1,5 quilo. É bom prestar atenção porque se
a peça pesar mais que isso vem com o coxão duro, uma parte do boi menos
nobre", alerta o mestre churrasqueiro.
Corte
Você sabia que o jeito de cortar a carne pode significar a
diferença entre um bife macio e um mais duro? Segundo Jefferson, o segredo esta
no corte feito sempre ao contrário das fibras da carne. "Para fazer isto,
basta posicionar a lâmina da faca em um ângulo de 90 graus em relação às
fibras. Esse procedimento garante que a faca faça o trabalho mais difícil, o de
cortar as fibras".
Ponto da carne
A carne, malpassada, tem que apresentar, externamente, uma
coloração marrom. A parte interna deve apresentar uma cor vermelha-vibrante,
crua e suculenta. A temperatura gira em torno de 60 a 65 graus. Se preferir ao
ponto, a cor da parte de dentro é rosa. Já a bem passada, a superfície é
tostada e não libera suco.
Criação
Os primeiros a colocarem a carne em um espeto e assar na
brasa foram os índios, já o desenvolvimento das técnicas é atribuído aos
argentinos, brasileiros e uruguaios. Os historiadores destacam que a forma
gaúcha de se fazer o churrasco surgiu no início do século XVIII, na chamada
região dos pampas.
Jefferson conta que, neste período, os tropeiros - os mesmos
que inventaram a forma de fazer o feijão homônimo - carregavam a carne no lombo
do burro, com o calor, o suor do animal salgava a carne e, ao colocá-la para
assar na brasa, dava com o aspecto de churrasco.
Valeu pelas dicas.
ResponderExcluirJorge.